Os estilos variam do realismo ao desleixado, passando por quase todas as escolas e movimentos artísticos, importando apenas que o resultado transcenda a forma e até mesmo o propósito do trabalho. O foco é a expressão do artista e não necessariamente a aplicação. As composições exigem participação ativa do observador pra sua interpretação: devem ser “lidas” e não apenas vistas. Com sua estética peculiar, que desperta interesse até do mais alheio dos observadores, os cartazes poloneses se tornaram muito difundidos em tempos de Internet e informação fácil. Uma das facetas mais populares desse movimento talvez seja a releitura dos cartazes de filmes americanos. Veja alguns exemplos:
Mas por que esses pôsteres são assim tão diferentes? O Fato é que os polacos levam muito a sério esse negócio de fazer cartazes. Os artistas gráficos na Polônia vêm se organizando desde 1890 com o comércio e a comunidade artística manifestando muito interesse por essas peças gráficas para promover suas atividades. Os primeiros cartazes foram feitos por pintores, alguns com grande renome na Polônia, que passaram a se dedicar cada vez mais ao cartazismo. Os trabalhos se destacavam da produção no restante do mundo pela utilização elementos da arte tradicional e certas características do Design como a valorização da leveza na comunicação e, principalmente, liberdade de associação do tema com a forma.
A Polônia sempre foi uma terra meio conturbada: passou boa parte de sua história recente subjugada por outras nações ou as expulsando de seu território; foi literalmente devastada nas duas grandes guerras e viveu sob um rigoroso regime comunista até a morte de Stalin no fim da década de 50.
Mas o comunismo acabou por criar um ambiente propício para o desenvolvimento da arte dos cartazes: durante esse período, a propaganda não existia simplesmente para se vender algo, mas sim feita principalmente por prestígio. Os produtos já eram vendidos por si só, ou seja, pela necessidade, e as empresas muitas vezes empregavam sua verba de promoção na contratação de um grande artista para projetar um cartaz. Este artista então, livre de amarras comerciais, tinha maior liberdade para aplicar todo seu talento no desenvolvimento de suas idéias. Com os filmes, raros e muito populares, não era diferente: não havia necessidade de divulgação. Os ingressos esgotavam muito antes das estréias e o cartaz servia simplesmente como desdobramento artistico do filme.
A cultura dos cartazes se fortalece cada vez mais: surgem os primeiros colecionadores, acontece primeira bienal internacional de cartazes na capital Warsaw em 1966 e, dois anos mais tarde, é inaugurado o primeiro museu de cartazes do mundo, na cidade de Wilanow, consagrando a tradição polonesa nos cartazes.
Os cartazes para o teatro e cinema da Polônia tinham a característica de tentar captar a essência da história ou do gênero por meio de metáforas visuais e não simplesmente ilustrando uma cena ou personagem especificos. Por outro lado os cartazes produzidos no ocidente estavam comprometidos com bilheteria e faturamento. Dar evidencia ao rosto e aos nomes das estrelas era prioridade e, freqüentemente previsto até em contrato. É válido lembrar também que apelos sensuais ou exaltações ao indivíduo em detrimento ao grupo (recursos fáceis porém eficientes e comumente usados no ocidente) não eram permitidos dentro de um regime comunista.
A distribuição de cinema na Polônia era monopolizada pela estatal Film Polski, que invariavelmente designava um artista polonês para produção dos cartazes para os filmes estrangeiros. Filmes americanos eram relativamente raros e eram muito populares entre os poloneses e a visível influencia cultural exercida por esses filmes na sociedade polonesa começou a preocupar o regime comunista a ponto de serem banidos do país entre 1949 e 1957. Essa prática de releitura dos cartazes hollywoodianos então retornou e prosseguiu oficialmente até o inicio dos anos 90 quando tem fim o monopólio da Film Polski e, com a entrada das grandes distribuidoras como Warner e Paramount, a divulgação dos filmes passa a ser feita com os cartazes originais nos moldes americanos. No entanto, até hoje alguns artistas ainda tentam continuar o trabalho com séries limitadas de pôsteres (entre 300 e 500) que nunca são de fato utilizados, mas sim vendidos em galerias.
Para ver e saber mais / Referências:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2005/10/11/005.htm
http://info-poland.buffalo.edu/classroom/poster/poster.html
http://www.cinemaposter.com/
http://www.internationalposter.com/
http://www.polishposter.com
http://www.polish-poster.com
http://www.theartofposter.com/
Site do Museu de Cartazes de Willanow:
http://www.postermuseum.pl/
Mas o comunismo acabou por criar um ambiente propício para o desenvolvimento da arte dos cartazes: durante esse período, a propaganda não existia simplesmente para se vender algo, mas sim feita principalmente por prestígio. Os produtos já eram vendidos por si só, ou seja, pela necessidade, e as empresas muitas vezes empregavam sua verba de promoção na contratação de um grande artista para projetar um cartaz. Este artista então, livre de amarras comerciais, tinha maior liberdade para aplicar todo seu talento no desenvolvimento de suas idéias. Com os filmes, raros e muito populares, não era diferente: não havia necessidade de divulgação. Os ingressos esgotavam muito antes das estréias e o cartaz servia simplesmente como desdobramento artistico do filme.
cartazes feitos na polonia entre 1930 e 1960
A cultura dos cartazes se fortalece cada vez mais: surgem os primeiros colecionadores, acontece primeira bienal internacional de cartazes na capital Warsaw em 1966 e, dois anos mais tarde, é inaugurado o primeiro museu de cartazes do mundo, na cidade de Wilanow, consagrando a tradição polonesa nos cartazes.
Os cartazes para o teatro e cinema da Polônia tinham a característica de tentar captar a essência da história ou do gênero por meio de metáforas visuais e não simplesmente ilustrando uma cena ou personagem especificos. Por outro lado os cartazes produzidos no ocidente estavam comprometidos com bilheteria e faturamento. Dar evidencia ao rosto e aos nomes das estrelas era prioridade e, freqüentemente previsto até em contrato. É válido lembrar também que apelos sensuais ou exaltações ao indivíduo em detrimento ao grupo (recursos fáceis porém eficientes e comumente usados no ocidente) não eram permitidos dentro de um regime comunista.
A distribuição de cinema na Polônia era monopolizada pela estatal Film Polski, que invariavelmente designava um artista polonês para produção dos cartazes para os filmes estrangeiros. Filmes americanos eram relativamente raros e eram muito populares entre os poloneses e a visível influencia cultural exercida por esses filmes na sociedade polonesa começou a preocupar o regime comunista a ponto de serem banidos do país entre 1949 e 1957. Essa prática de releitura dos cartazes hollywoodianos então retornou e prosseguiu oficialmente até o inicio dos anos 90 quando tem fim o monopólio da Film Polski e, com a entrada das grandes distribuidoras como Warner e Paramount, a divulgação dos filmes passa a ser feita com os cartazes originais nos moldes americanos. No entanto, até hoje alguns artistas ainda tentam continuar o trabalho com séries limitadas de pôsteres (entre 300 e 500) que nunca são de fato utilizados, mas sim vendidos em galerias.
Para ver e saber mais / Referências:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2005/10/11/005.htm
http://info-poland.buffalo.edu/classroom/poster/poster.html
http://www.cinemaposter.com/
http://www.internationalposter.com/
http://www.polishposter.com
http://www.polish-poster.com
http://www.theartofposter.com/
Site do Museu de Cartazes de Willanow:
http://www.postermuseum.pl/
Um comentário:
bem bom
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